Um pouco de História:
Antes da Guerra do Vietnã o
Presidente Eisenhower determinou que os EUA não entraria mais em uma guerra
como a da Coréia, obviamente não usando toda sua força militar, partindo para
uma guerra nuclear. Na prática, tiveram que repetir o erro: O pessoal, treinamento,
aeronaves e armas estavam mal preparados para lutar no Vietnã. Inclusive,
haviam atritos entre a USAF e o US Army, pois preparavam-se para uma guerra
convencional.
Em 1958, as crises em Quemoy e
Líbano levaram a USAF a pensar em cenários de baixa intensidade. Estudos do US
Army entre 1959 a 1961 mostraram a necessidade de Apoio Cerrado adequado em
cenários de baixa intensidade. Os estudos mostraram a necessidade de cinco
saídas por dia por batalhão. Um outro estudo de 1961 já citava a necessidade de
uma aeronave especializada em "Apoio Cerrado" e unidades
especializadas. A operação deveria ser descentralizada com comando do US Army.
Equipes de Forças Especiais treinando Rangers do Vietnã do Sul sabiam da
importância do Apoio Cerrado e que o Vietnã do Sul podiam ser aniquilados sem
ele.
Em 1961 a USAF começou então a investir
em cenários de baixa intensidade ou "COIN" (Contra Insurgência). A
USAF não tinha jatos para operar no Vietnã em missões de COIN. Queria modificar
o treinador T-37 para operar pela Força Aérea do Vietnã do Sul, mas era
proibido por tratados. Então, a USAF escolheu duas aeronaves a hélice
disponíveis: o T-28 e o B-26 para operar na região. A força inicial chamada de
"Farm Gate" estava equipada com oito aeronaves de cada tipo mais
dezesseis C-47. A força usava o apelido de "Air Commands" devido a
tropa semelhante da Segunda Guerra Mundial. Logo estavam fazendo apoio cerrado
apoiando tropas do Vietnã do Sul. Com a atividade aérea crescendo tiveram que
criar um centro de comando "CRC" (Control and Report Center) onde o
TACC operava.
No fim de 1964 a escalada da
guerra aumentou com os combates em nível batalhão ficando mais comuns. A Força
Aérea do Vietnã do Sul não dava conta de cobrir todas as áreas, pois as aeronaves
eram insuficientes para cobrir as rotas de suprimentos comunistas no Laos e
para cobrir as operações de Apoio Cerrado. Os primeiros jatos B-57 chegaram e
foram os primeiros a voarem sem observador do Vietnã do Sul e com marcas da
USAF. Paralelamente, as bases aéreas locais começaram a ser preparadas para
operar jatos.
As aeronaves usadas para apoio
cerrado no Vietnã variavam desde aeronaves a hélice como o T-28 Trojan, B-26
Invader e A-1 Skyraider até jatos como o F-4 Phantom, F-100 Super Sabre e F-105
Thunderchief. Alguns jatos de ataque especializados foram bem usados na missão
como o A-6 Intruder, A-4 Skyhawk e A-7 Corsair e tinham fama de boa pontaria. Outras
aeroanves a realizar missões foram as aeronaves de transporte artilhadas AC-47,
AC-119 e AC-130. Os bombardeiros B-52 e B-57 também foram usados para apoio
cerrado. O Vietnã do Sul usou também os jatos A-37 e F-5A. O A-37 foi oferecido
a USAF para realizar a missão, mas não foi aceito.
O Kit.
Sendo padrão Airfix, de molde
antigo sabemos o que esperar, porem para a escala não temos muitas opções. Uma
das qualidades da Airfix é justamente a variedade de aeronaves esquecidas e
melhor ainda na 1/72.
Com varias modificações a serem
feitas acabasse por se tornar um kit instrutivo, pois possibilita um
aprendizado muito bom.
O kit é em alto relevo, com
poucos detalhes. A inicio iria monta-lo sem alterar qualquer coisa.
Visitando alguns fóruns acabei
por localizar uma Kamarada “reformando” um Canberra na 1/72 e implementando
diversas modificações.
Bateu a inveja heheheheh (no bom
sentido) não vou resistir, terei que fazer plagio de algumas idéias.
Trabalho extraordinário feito por Alexandre Rezende, que serviu como inspiração para este trabalho.
Nosso kamarada gentilmente me cedeu as plantas para confecção dos Flaps e cokpit.
Muito Obrigado.
Nosso kamarada gentilmente me cedeu as plantas para confecção dos Flaps e cokpit.
Muito Obrigado.
Vamos ao Trabalho, abaixo algumas fotos iniciais
Algumas partes já estão coladas e receberam um pré
acabamento.
Ainda estou pensando em executar rebaixamento de
relevo, porem como não disponho de nenhuma ferramenta estou com certo receio.
Os Decais.
Como os decais estão bem velhos, e também não
correspondem as versões que quero montar terei que fazelos.
Como para meus padrões a escala é gigante...
conseguirei fazer mascaramento sem problemas, apenas utilizarei decais para as
marcações pequeninas.
Seguimento da montagem
Nunca tinha trabalhado desta
forma, e tive algumas dificuldades, alguns escorregões que deram certo trabalho
para corrigir.
O rebaixamento em si não impõe
maiores dificuldades, o trabalho esta em efetuar a limpeza e acabamento.
Abaixo o intradorso da asa com
seus traços normais “alto Relevo”, e já alterado “baixo Relevo” Alguns dos
detalhes foram removidos e tentarei refazelos utilizando outras técnicas. Aqui
esta apenas com os traços e lixamento, a limpeza veio depois.
Também fiz a remoção dos flaps, que seram refeitos
em alumínio.
É demorado, mas um trabalho diferente.. Vamos ver
no final como fica!!!
Original
Alterado.
Iniciei o rebaixamento das linhas da fuselagem.
Como guia foi utilizado tiras de alumínio removidas
de Lata de bebida.
O marcador um estilhete convencional.
O treco é demorado, e da uma dor desgraçada no
pescoço..
A principio acho que fiz os sulcos muito profundos,
vamos ver depois do primer como fica.
As Ferramentas
O serviço iniciado
Após “acabamento”
O “compartimento” dos
flaps também receberam alterações
Aqui os flaps substituídos por outros feitos com latinha de cerveja.
Aqui os flaps substituídos por outros feitos com latinha de cerveja.
Ponta de asas receberam as luzes de navegação.
Tanques de ponta de asa também tiveram alterações
Ailerions e profundores tiveram o incremento dos
compensadores.
Alterações executadas no cockpit.
Como o objetivo era deixar o interior a mostra, foi necessário substituir
algumas peças. Estas foram feitas em latãoetch.
Painel de instrumentos e asentos ejetores
A base feita em MDF com fina cobertura em cimento.
Foi meu primeiro teste com rebaixamento de relevo e
alterações no kit padrão. Gostei muito tanto que já dei inicio a novo projeto
nos mesmos moldes.
Kit antigo não constitui problema, basta um pouco
mais de serviço e tudo se resolve, o maior problema ainda é os decais.
Notem que na deriva os decais praticamente sumiram,
uma película muito fina de tinta. Cores escuras sobre fundo claro sem problema,
o drama é quando a coisa inverte... Terei que testar com uma impressora a cera.
Como não podia deixar de ser, o “leitãozinho”
entrou em ação e sujou o avião todo...
Profile
seguido e o kit finalizado.
B-57C
nº533831 do 158º Defence Systens Evaluation Group, na base aerea de Vermount em
1977.
Referencias:
Warpaint Nº45 – Martin B-57 Canberra – Kev Darling
Squadron Signal Aircraft nº77 - B-57 Canberra - Jim Mesko
Ian Allan - B-57 Canberra At War 1964-1972 – Robert C. Mikesh
Crowood Aviations Series – English Eletric Canberra and Martin B-57 – Barry Jones
Squadron Signal Aircraft nº77 - B-57 Canberra - Jim Mesko
Ian Allan - B-57 Canberra At War 1964-1972 – Robert C. Mikesh
Crowood Aviations Series – English Eletric Canberra and Martin B-57 – Barry Jones